Mundo ainda enfrenta desafios graves na saúde materna e neonatal

Anualmente, quase 300 mil mulheres morrem em razão de complicações relacionadas à gestação ou ao parto
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Neste 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) trouxe à tona dados alarmantes sobre a saúde materna e neonatal. A cada sete segundos, uma vida é perdida de forma evitável, seja de uma mulher em decorrência da gravidez ou do parto, seja de um bebê nascido sem vida ou que morre nos primeiros dias. Anualmente, quase 300 mil mulheres morrem em razão de complicações relacionadas à gestação ou ao parto, mais de 2 milhões de recém-nascidos não sobrevivem ao primeiro mês de vida e outros 2 milhões são natimortos.

Diante desse cenário, a OMS lançou uma nova campanha global com duração de um ano. Com o tema “Começos saudáveis, futuros esperançosos”, a iniciativa busca chamar a atenção para a importância de garantir atendimento adequado e oportuno a mulheres e recém-nascidos. Segundo a entidade, a forma como a vida começa tem impacto direto em todas as fases seguintes da existência. Cuidar da saúde materna e neonatal, portanto, é um investimento que repercute não apenas na vida individual, mas também no bem-estar das famílias, das comunidades e na estabilidade econômica dos países.

Embora os números atuais ainda preocupem, há avanços significativos desde o início do século. As mortes maternas globais caíram 40% desde o ano 2000, passando de 443 mil para 260 mil em 2023. O número de óbitos de recém-nascidos também teve redução de pouco mais de 30% nesse período. Um marco histórico foi alcançado no ano passado, quando nenhum país no mundo foi classificado com taxas extremamente altas de mortalidade materna.

O progresso também pode ser visto no acesso a cuidados essenciais. Entre 2000 e 2023, o acesso a serviços de pré-natal cresceu 21%, enquanto o número de partos assistidos por profissionais qualificados aumentou 25%. Já o atendimento no pós-parto teve uma elevação de 15%. No entanto, a OMS alerta que quatro em cada cinco países ainda estão distantes de atingir as metas globais de redução da mortalidade materna até 2030, e um terço das nações não conseguirá atingir as metas relacionadas à sobrevivência neonatal se não houver mudanças significativas.

Com o lançamento da campanha e a mobilização internacional, a OMS busca reacender o compromisso global com a vida das mães e dos bebês, reforçando que a prevenção e o cuidado podem salvar milhões de vidas todos os anos.

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