Adolescentes desconfiam cada vez mais das redes sociais e da inteligência artificial

A dúvida sobre a autenticidade das interações digitais também é crescente
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Embora passem grande parte do tempo conectados, os adolescentes estão cada vez mais céticos em relação ao conteúdo que consomem online. Um estudo divulgado pela Common Sense Media revelou que jovens de 13 a 18 anos enfrentam dificuldades para distinguir informações verdadeiras e falsas, especialmente com o avanço da inteligência artificial.

A pesquisa apontou que 41% dos adolescentes já identificaram imagens ou vídeos reais, mas manipulados de forma enganosa, e 35% relataram ter sido enganados por conteúdos falsos. Além disso, 22% afirmaram que compartilharam informações que depois descobriram ser inverídicas. A dúvida sobre a autenticidade das interações digitais também é crescente, com 28% dos entrevistados relatando incerteza sobre estar conversando com um humano ou um chatbot.

O impacto dessa realidade já altera o comportamento dos jovens, com 72% deles mudando a forma como avaliam a precisão das informações online após experiências com conteúdos enganosos. Mais de um terço acredita que os avanços da IA tornarão ainda mais difícil confiar na veracidade das informações.

O levantamento também evidenciou uma baixa confiança nas empresas de tecnologia. Dois terços dos adolescentes não acreditam que essas companhias priorizam o bem-estar dos usuários, e mais da metade desconfia de sua capacidade de tomar decisões éticas e proteger dados pessoais. Quase metade não confia que as empresas utilizarão a IA de maneira responsável, e 73% defendem que os conteúdos gerados por inteligência artificial sejam claramente identificados.

Para James P. Steyer, CEO da Common Sense Media, a indústria precisa agir para recuperar a confiança dos jovens. Ele destaca a necessidade de maior transparência, medidas de segurança mais rigorosas e uma participação ativa dos adolescentes na criação de espaços digitais mais seguros. Enquanto as empresas de tecnologia são pressionadas a se responsabilizar, especialistas apontam que educadores, pais e formuladores de políticas públicas também devem colaborar para garantir um ambiente digital mais confiável para a juventude.

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