Nasa avalia novas estratégias para trazer amostras de Marte à Terra

A decisão final sobre o formato da missão será tomada até o segundo semestre de 2026
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A Nasa anunciou duas novas propostas para a missão de retorno de amostras de Marte, com o objetivo de superar os desafios técnicos e financeiros do plano original. Essas alternativas buscam reduzir o custo, estimado inicialmente em US$ 11 bilhões, e acelerar o cronograma para que as amostras cheguem à Terra antes de 2040. A decisão final sobre o formato da missão será tomada até o segundo semestre de 2026.

O projeto Mars Sample Return, desenvolvido em parceria com a Agência Espacial Europeia, foi reavaliado após um conselho independente apontar atrasos e dificuldades no modelo inicial. A complexidade da operação, que envolve várias espaçonaves, representa um desafio técnico, mas a Nasa acredita que as novas estratégias podem tornar a missão viável dentro de uma década.

O rover Perseverance, que está em Marte desde fevereiro de 2021, já coletou amostras de rochas e poeira na Cratera Jezero, local de um antigo lago e delta de rio. Cientistas acreditam que essas amostras podem oferecer pistas sobre a existência de vida no planeta vermelho, tornando a missão crucial para a exploração espacial.

Entre as opções propostas, uma utiliza a tecnologia sky crane, empregada com sucesso nos pousos dos rovers Curiosity e Perseverance. Esse sistema combina escudo térmico, paraquedas, retrofoguetes e um guindaste aéreo para depositar com precisão os equipamentos na superfície marciana. A outra proposta explora novas parcerias com empresas do setor espacial, como SpaceX e Blue Origin, para criar módulos de carga pesada capazes de pousar em Marte.

Os desafios para pousar no planeta vermelho permanecem significativos devido à sua atmosfera fina, que exige sistemas avançados para proteger e desacelerar as espaçonaves durante a entrada. Apesar disso, a Nasa acredita que o sucesso das missões anteriores demonstra a viabilidade das tecnologias propostas.

O retorno das amostras será a primeira missão a trazer material científico de um planeta potencialmente habitável para a Terra, o que representa um marco para a humanidade. Além de responder a perguntas sobre vida extraterrestre, o programa fortalecerá a colaboração entre agências espaciais e parceiros comerciais, impulsionando o avanço tecnológico e científico.

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