Violência doméstica: primeiros meses de 2023 têm o maior número de registros no Ceará

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Violência física, sexual, patrimonial, psicológica e moral. Mulheres que se encontram em relacionamentos abusivos sofrem de diferentes formas, dentro de casa. O ano de 2023 começou com o aumento de registros de violência doméstica no Ceará. Os números de janeiro e fevereiro do ano corrente são os maiores dos últimos 6 anos.

Conforme dados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), 3.685 mulheres denunciaram crimes previstos pela Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340), na Polícia Civil do Ceará (PC-CE), nos dois primeiros meses de 2023.

Na comparação com o acumulado de janeiro e fevereiro dos últimos anos, o número deste ano é maior que os dados de 2018 a 2022 e fica atrás somente de 2017, que teve 3.832 registros por violência doméstica.
O aumento no índice de 27,2%, na comparação dos casos de violência doméstica registrados na Polícia, no Ceará, em janeiro e fevereiro de 2022 (2.896 denúncias), com igual período de 2023 (3.685 casos).

Questionada sobre o aumento de registros de violência doméstica no Estado, a SSPDS ponderou, em nota, que 43.671 suspeitos foram presos ou apreendidos por esse crime, entre os anos de 2017 e 2022. E nos meses de janeiro e fevereiro de 2013, outros 870 suspeitos foram capturados.

Os resultados obtidos foram possíveis graças às denúncias registradas durante o período. A crescente nos indicadores criminais violência doméstica pode ter sido impulsionada com o fortalecimento de campanhas de conscientização promovidas pelo Governo do Estado, como, por exemplo, a atuação do ‘Ônibus Lilás’ em uma partida de futebol no estádio Castelão, no último dia 9 de março.”
SSPDS

A Pasta ressaltou a disponibilização de equipamentos estaduais “para o atendimento às vítimas de violência, como as Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), que serão expandidas a novas cidades, como Tauá e Crateús, por meio das Casas da Mulher Cearense (CMCs)”.

“Atualmente, existem DDMs em Pacatuba, Caucaia, Maracanaú, Crato, Iguatu e Icó. Já as Casas da Mulher Cearense, atualmente estão instaladas em Juazeiro do Norte, Sobral e Quixadá, inspiradas na Casa da Mulher Brasileira, equipamento sediado na Capital, que conta com atendimento especializado às vítimas de violência, bem como acompanhamento pela Polícia Civil por meio da DDM”, completou.

Fonte- Diário do Nordeste

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