Contas públicas registram superávit de R$ 1,2 bilhão em março
O valor é 0,15 ponto percentual inferior ao déficit acumulado até fevereiro
O setor público consolidado, que inclui o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais, fechou o mês de março com um superávit de R$ 1,2 bilhão, segundo informações divulgadas pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (6). Este resultado é uma melhora significativa em relação ao mesmo mês do ano passado, quando as contas públicas registraram um déficit de R$ 14,2 bilhões.
No acumulado em 12 meses, o setor público consolidado ainda acumula um déficit de R$ 252,9 bilhões, o equivalente a 2,29% do Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, este valor é 0,15 ponto percentual inferior ao déficit acumulado até fevereiro.
O Governo Central, composto pelo Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central, registrou um déficit de R$ 1,9 bilhão. As empresas estatais também apresentaram um déficit, de R$ 343 milhões. Em contrapartida, os governos regionais registraram um superávit de R$ 3,4 bilhões.
Os juros nominais do setor público não financeiro consolidado, apropriados por competência, somaram R$ 64,2 bilhões em março, valor ligeiramente inferior aos R$ 65,3 bilhões registrados em março de 2023.
O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 63 bilhões em março. No acumulado em 12 meses, o déficit nominal alcançou R$ 998,6 bilhões (9,06% do PIB), valor inferior ao déficit nominal de R$ 1.015,1 bilhão (9,24% do PIB) registrado em fevereiro deste ano.
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) fechou o mês de março em 61,1% do PIB (R$ 6,7 trilhões), um aumento de 0,2 ponto percentual do PIB no mês. Já a Dívida Bruta do Governo Central (DBGG), que compreende Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais, atingiu, em março, 75,7% do PIB, ficando em R$ 8,3 trilhões, um aumento de 0,2 ponto percentual do PIB em relação ao mês anterior.
Estes resultados refletem os impactos dos juros nominais apropriados, do ajuste de paridade da dívida externa líquida e da variação do PIB nominal. Ainda assim, os números indicam uma melhora nas contas públicas em relação ao mesmo período do ano anterior, sinalizando uma tendência positiva para a economia brasileira.2de10