Bio-Manguinhos promove simpósio internacional sobre o futuro da produção de vacinas

Foto: Divulgação/Governo do Estado
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O simpósio, que vai até sexta-feira (11), tem como principal objetivo integrar pessoas

RIO DE JANEIRO – O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) deu início, nesta terça-feira (7), à 8ª edição do International Symposium on Immunobiologicals (ISI). O evento, que ocorre no campus da Fiocruz e na Fundação Getúlio Vargas (FGV), reúne profissionais, pesquisadores e instituições de desenvolvimento e produção de imunobiológicos de todo o mundo para discutir o futuro da produção de vacinas, novas terapias promissoras e o uso da inteligência artificial para o diagnóstico preciso de doenças.

O simpósio, que vai até sexta-feira (11), tem como principal objetivo integrar pessoas, melhorar o conhecimento destas e, com isso, gerar um ambiente propício para a inovação, segundo Mauricio Zuma, diretor de Bio-Manguinhos. Ele destacou que o evento é uma oportunidade para interações que podem levar a inovações, como uma nova vacina ou tecnologia.

Instituições renomadas, como a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), a Fundação Bill & Melinda Gates e o Instituto Internacional de Vacinas (IVI), têm participado ao longo dos anos do simpósio do ISI, que já faz parte do calendário de Bio-Manguinhos.

Os debates vão se estender também às formas de preparação para enfrentar futuras possíveis pandemias, como a capacitação e o fortalecimento dos laboratórios regionais, inclusive por meio de parcerias e do intercâmbio científico e tecnológico. Uma das discussões será sobre vigilância para o preparo e identificação antecipada de pandemias, e sobre como o Brasil deve se preparar para possíveis emergências.

Zuma explicou que a plataforma de mRNA é uma das formas de se preparar para o futuro. “Estamos nos preparando para que, seja qual for a epidemia ou pandemia que vier, tenhamos condição de, dominando essa plataforma, dar uma resposta rápida em termos de desenvolvimento, ou de chegar a uma vacina mais rápida do que a tecnologia que existia antigamente.”

A programação inclui um painel com a diretoria da Rede Internacional de Fabricantes de Vacinas dos Países em Desenvolvimento, aliança internacional de produtores da qual Bio-Manguinhos faz parte desde sua fundação. A reunião anual dessa rede está prevista para o segundo semestre deste ano no Brasil.

O simpósio tem espaço também para trabalhos e intercâmbio entre os pesquisadores brasileiros, com exposição de pôsteres e apresentações sobre temas relacionados a vacinas, biofármacos, kits para diagnóstico e gestão voltada para produtos biológicos.

O assessor científico sênior de Bio-Manguinhos e líder da comissão científica que coordena o evento e seleciona os conteúdos para exibição, Akira Homma, informou que os trabalhos expostos também concorrem a prêmios. “Desde a primeira edição, o ISI é planejado para oferecer aos estudantes e profissionais da área de biotecnologia uma oportunidade de compartilhar conhecimentos de ponta com pesquisadores de renome nacionais e internacionais, além de fomentar a produção científica brasileira”, destaca em texto da Fiocruz.

A 8ª edição do International Symposium on Immunobiologicals vai ter também uma mesa destinada à colaboração em inovação, o Innovation Hub, com participação do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, que, segundo a Fiocruz, é o berço do acelerador de partículas brasileiro.

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