Vacina contra dengue usada no Brasil recebe pré-qualificação da OMS

Foto: Tony Oliveira/Agência Brasil
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A OMS descreve a Qdenga como uma vacina viva atenuada

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na quarta-feira (15) a pré-qualificação da vacina Qdenga, produzida pelo laboratório japonês Takeda. Atualmente utilizada no Brasil para imunização contra a dengue, a Qdenga é o segundo imunizante contra a doença a receber pré-qualificação da entidade.

A OMS descreve a Qdenga como uma vacina viva atenuada, contendo versões enfraquecidas dos quatro sorotipos do vírus da dengue. A organização recomenda a aplicação da vacina em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos em locais com alta transmissão de dengue.

Segundo a OMS, a Qdenga deve ser administrada em duas doses, com um intervalo de três meses entre elas, esquema vacinal já adotado no Brasil.

“A pré-qualificação é um passo importante na expansão do acesso global a vacinas contra a dengue, pois torna a dose elegível para aquisição por agências da ONU, incluindo o Unicef e a Opas”, avaliou Rogerio Gaspar, diretor de regulação e Pré-qualificação da OMS.

Gaspar completou: “Com apenas duas vacinas contra a dengue pré-qualificadas até o momento, esperamos que mais desenvolvedores de vacinas se apresentem para avaliação, para que possamos garantir que as doses cheguem a todas as comunidades que necessitam delas”. A outra dose pré-qualificada é a da Sanofi Pasteur.

No Brasil, a Qdenga começou a ser aplicada na rede pública de saúde em fevereiro. Devido à quantidade limitada de doses fornecidas pelo fabricante, a imunização é realizada apenas em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de idade, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações após os idosos.

Pessoas com mais de 60 anos não têm indicação para receber a dose devido à ausência de estudos clínicos.

O imunizante teve seu registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023, permitindo a comercialização da vacina no Brasil, desde que mantidas as condições aprovadas. Em dezembro do ano passado, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação do insumo no Sistema Único de Saúde (SUS).

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