Os malwares chegam aos celulares disfarçados de apps supostamente legítimos disponíveis na Play Store.

Mais de 200 aplicativos maliciosos foram identificados na Google Play Store, acumulando aproximadamente 8 milhões de downloads ao longo de quase um ano, de acordo com levantamento da Zscaler. Esses programas podem roubar dados, interceptar mensagens de texto e realizar outras atividades ilícitas.

Com 38,2% dos registros, o malware Joker representa a maioria das detecções feitas pelos pesquisadores da empresa de segurança cibernética na loja oficial do Android, entre junho de 2023 e abril de 2024. Ele possui as capacidades de acessar SMS, coletar informações e inscrever as vítimas em serviços premium.

Os adwares aparecem na sequência, com 35,9%, ameaças que podem carregar anúncios intrusivos em primeiro plano e anúncios invisíveis em segundo plano, consumindo dados e bateria para gerar impressões fraudulentas. Mais abaixo, está o trojan Facestealer (14,7%), conhecido por roubar senhas do Facebook.

Também são citados no relatório os malwares Coper, Loanly Installer, Harly e Anatsa, todos escondidos em apps maliciosos disponíveis na Play Store. O último, igualmente conhecido como Teabot, é um trojan bancário que já afetou mais de 650 instituições financeiras globalmente.

Ainda conforme a pesquisa, a maioria dessas ameaças estava disfarçada em apps falsos nas categorias de ferramentas (47,9%), personalização (15,2%), fotografia (11,1%), produtividade (6,9%) e estilo de vida (4,6%). Quanto aos setores alvos dos ataques usando os malwares móveis, os mais visados foram educacional, serviços, produtos químicos e mineração.

Já em relação aos países mais afetados pelos apps maliciosos no Android, a Índia lidera o ranking com 28% dos registros, seguida de perto pelos Estados Unidos (27%), enquanto o Canadá (15%) vem na terceira posição. Na sequência aparecem África do Sul (6%), Holanda (5%) e México (4%), enquanto o Brasil (3%) vem logo atrás, junto com Nigéria e Singapura.